A banalização do sacerdócio de religiões que não são tão recorrentes, por muito me fez torcer e revirar o estômago, até que resolvi expor melhor tudo aquilo que penso.
Não é incomum a desvalorização pelo o que é feito através da arte, assim como os pintores que sofrem com quem por algum desvio prefere pagar replicas, a apreciar a obra verdadeira, como os músicos que quando conseguem um emprego fixo, muitas vezes tem um salário amedrontador, assim é para aqueles que vivem da arte da Deusa, o fato de que religião, quando verdadeira não retira dinheiro nem posses de seus seguidores é uma das maiores verdades do caminho dos Deuses, porém o estudo e o desgaste empreendido para que pudesse se aprender a lidar com energia, como os cursos de terapias alternativas, as horas de estudo, o teto sob o qual esses atendimentos são efetuados, infelizmente custam dinheiro! Hoje muitos de nós, sacerdotes pagãos somos adeptos de trocas por quem de alguma maneira não é favorecido no movimento capitalista, e ainda assim acabamos taxados de interesseiros e muitas vezes fajutos.
Fajutos, são todos aqueles que se escondem atrás da hipocrisia de que não é necessário nenhum gasto para manter-se vivo. Felizmente a mãe-terra nos deu tudo o que hoje precisamos, porém as mãos que produzem e trabalham para que por exemplo, eu possa estar aqui sentada digitando isso para o mundo, vestindo as roupas do meu agrado e bem alimentada, precisam e devem ser retribuídas, atualmente a moeda de retribuíção é o dinheiro. Durante muitas outras épocas consagradas vivíamos sim uma sociedade mais agrícola na qual a troca era o sistema dominante porém pouco evoluído.
Não vejo esse desabafo como uma justificativa, apenas me surpreendo com o quão bitolados, talvez por terem chagas psíquicas de traição e engano através de projeções que vieram à tona, alguns acham-se no direito de julgar.
A minha sincera resposta a estes irmãos, é que revejam seus conceitos e tirem a grade na qual aprisionaram seu coração. Nem todos são maus, de sanidade intelectual sugestiva e presos nos grilhões da matéria.
Quem vive da verdade dos Deuses, não teme os desafios dos homens. Ainda assim, penso ser de grande valia que reflita-se sobre esta questão antes de apontar culpados, afinal de contas o contranaturum sempre estará nos rodeando tentando dilacerar a clareza da consciência.
Abençoados sejam,
Moara Steinke.