Total de visualizações de página

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Um surto de normalidade

Os dias as vezes parecem se tornar mais maçantes do que deveriam, ou a minha real percepção dos fatos os tornem assim, não que minha essência seja pessimista, mas é que a minha consciência da realidade sobrepõe a capacidade que me é destinada de dominá-la, aceitá-la; para enfim compreendê-la; a mistura dos meus pensamentos com as situações criam um tênue véu, entre a realidade e a minha realidade, agora encontro-me  sobre um sofá  que pertence à uma das salas de atendimento do lugar, que agora é meu trabalho, daqui umas horas se tornará minha casa, para encantar-se enfim em um templo espiritual, e nesta posição extremamente confortável de acalento, surgem em minha mente flashes de memória da noite anterior.
Ontem à noite, houve um encontro com as pessoas pertencentes ao grupo religioso do qual faço parte,  o evento levava o título de jantar mundano, apesar de eu acreditar que nada que possa envolver religião seja mundano,o objetivo era a busca pela irmandade mas infelizmente , percebi que o caminho que todos nós temos a percorrer é longo, não só da minha parte como da dos meus irmãos, espero sinceramente um dia poder entregar-me de corpo e alma sem estar sobre o olhar julgador , ou mesmo da minha percepção cruel dos fatos; à princípio corria tudo naturalmente bem,até a minha mente começar a trabalhar sobre o que realmente acontecia e todos acreditavam que ninguém fosse capaz de perceber, ou como diz uma das poucas pessoas sabias que já pude encontrar nesta existência, eles não tinham consciência dos atos que faziam,contudo para mim logo se tornou evidente  que todos os atos lançados ao ar, queriam incansavelmente traçar a rota que o seu lançador os havia imposto, independente de quem, ou o quê estivesse em seu caminho. Entretanto todas as rotas, possuíam o mesmo destino, o Poder.Logo, tudo estava fora do lugar! E eu não poderia fazer nada, pois qualquer tentativa de explicar seria frustrada e espelhada  naquilo que ELES julgavam verdadeiro, visando meu bem-estar, calei.
Mas como diz um velho ditado, quem cala, consente; agora não há nada que se possa fazer pois a falha da irmandade foi minha também em não me abrir e dizer que acreditava que o objetivo não fora alcançado e que a teatralização era desnecessária. Porém diante da minha inércia estupefacta, meu mestre analisou-me mais do que eu esperava, e em menos de uma hora de conversa pude perceber não a realidade, mas a verdade da situação, e cheguei a conclusão de que nem sempre todos são capazes de compreender ou de enxergar os fatos como eles são e nem por isso são inferiores, apenas não possuem esta capacidade, que está longe de ser um dom, se enquadrando mais perfeitamente em algum tipo de maldição hollywoodiana.
De qualquer forma a mensagem que me restou desta vivência, é a conscientização de que as diferenças , jamais deverão afetar o grupo; além de acrescentar novas formas de visualização dos fatos.

5 comentários:

  1. Li e por um instante tentei ficar inerte diante dos fatos,mas como telespectadora do fato e não menos presente no papel que me era incumbido,não conseguiria ficar sem observar que de fato tudo isso aconteceu eu que diante daquilo que assiti,mas não calada, é claro, me posicionei como me é de direito onde consegui ter maior compreensão dos acontecimentos e lembrei-me que um dia já havia passado por tudo isso,e se não o tivesse feito jamais me tornaria o que hoje sou,por isso me orgulho dos pequeninos nessa jornada,e tb daqueles que grandes em outras,se igualaram para poder vencer a batalha,não vejo ninguém como um perdedor, e sim dignos de seguir em frente por que entenderam todos que estão no caminho certo.

    ResponderExcluir
  2. É. Só vê estrelas quem olha pro céu, e quem enxerga mal vê borrões brilhosos no céu que se misturam e dão formas inexistentes a uma dura realidade: as estrelas estão longe o suficiente para que possamos ficar cansados tentando alcançá-las e nos limita e vê-las, independente da forma que as mesmas têm

    ResponderExcluir
  3. Entendo perfeitamente teu sentimento,o que tu sentiu durante o encontro.Observei tua real decepção e incompreenção...Talvez tenha pensado, "Não entendendo o pq de tanta ignorância!", mas todos nós temos seu tempo, infelizmente nem todos possuem sensibilidade sufuciente para entender ou compreender uma irmandade ou até mesmo uma união familiar.Muitos, só conseguem olhar seu próprio umbigo e te confesso, que isso me deixa muito indignada...não sou melhor que ninguém, eu só quero como uma irmã, que todos olhem de uma forma diferente para todos, que tenham o entendimento do que realmente é o coven, do quanto é importante olharmos para o externo, e não só para si.Pessoas são muito difíceis...Muitos estão tentando se encontrar, talez por isaso não tem o alcance, ainda!Tão pouco poder viver em irmandade ( coven ).
    Meu grande abraço, Viviane

    ResponderExcluir
  4. Bom, não espero atingir ninguém do grupo em particular, meu comentário foi extremamente espiritual e minha percepção é sobre a egrégora, a irmandade e sobre o coven como um todo.Assim como só vê estrelas quem olha para o céu, há também aqueles que podem distinguir explosões espaciais de estrelas errantes,logo não devem ser subjulgados por não precisarem de telescópio como as pessoas normalmente dependem. De qualquer forma tenho certeza de que minha posição é de quem já viu muitos grupos se formarem buscando nossa egrégora, de quem já presenciou pequenas tarefas sendo executadas com maestria, enquanto grandes eventos eram superficiais, não julgo minha "realidade" inexistente, apenas sou capaz de percebe-la. Contudo, de forma alguma descrevi em meu post a desolação do grupo mas analisei seus pontos fracos, para que pudesse evoluir em irmandade, assim como sou capaz de enxergar minhas próprias incapacidades; assim as vejo em meus irmãos e busco ajudá-los à superar, mesmo quando estes negam a minha ajuda.Cumpro o cargo que me é designado pelo mestre ao qual jurei minha jornada.

    Que a Deusa ilumine e abençoe à todos, dentro da capacidade de cada um.

    hoje e sempre;
    Kandake

    ResponderExcluir